segunda-feira, 8 de agosto de 2011
... ao zézim e a mim (eu acho).
Zézim,
"...remexa na memória, na infância, nos sonhos, nas tesões, nos fracassos, nas mágoas, nos delírios mais alucinados, nas esperanças mais descabidas, na fantasia mais desgalopada, nas vontades mais homicidas, no mais aparentemente inconfessável, nas culpas mais terríveis, nos lirismos mais idiotas, na confusão mais generalizada, no fundo do poço sem fundo do inconsciente: é lá que está o seu texto. Sobretudo, não se angustie procurando-o: ele vem até você, quando você e ele estiverem prontos. Cada um tem seus processos, você precisa entender os seus. De repente, isso que parece ser uma dificuldade enorme pode estar sendo simplesmente o processo de gestação do sub ou do inconsciente.
E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Caio Fernando Abreu.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
EU PRECISO APRENDER A SER SÓ (Gilberto Gil)
Sabe, gente.
É tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir.
O que dizer, o que calar, a quem querer.
Sabe, gente.
É tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito.
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.
Sabe, gente.
Eu sei que no fundo o problema é só da gente.
E só do coração dizer não, quando a mente.
Tenta nos levar pra casa do sofrer.
E quando escutar um samba-canção.
Assim como: "Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."
O Dia De Ontem
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Sugestões para atravessar agosto
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições. Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem:qualquer problema , real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos. Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim. E econômica. Mas pobres ou ricos, há conselhos - ou precauções-úteis a todos. O mais difícil: evitar a cara de Fernando Henrique Cardoso em foto ou vídeo, sobretudo se estiver se pavoneando com um daqueles chapéus de desfile a fantasia categoria originalidade... Esquecê-lo tão completamente quanto possível (santo ZAP!): FHC agrava agosto, e isso é tão grave que vou mudar de assunto já.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques - tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire , a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas - coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos. Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco:.
Caio F.
terça-feira, 19 de abril de 2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
"Abençoadas sejam as surpresas risonhas pelo caminho"
Abençoadas sejam as dádivas generosas que vêm nos lembrar que viver pode ser mais fácil. Que amar e ser amado pode ser mais fluido. Que dá pra girar o dial. Que dá pra sair da frequência da escassez e sintonizar a estação da disponibilidade, onde alegrias já cantam, mas a gente não ouve. Abençoadas sejam as dádivas que vêm nos lembrar, com alívio, que há lugares de descanso para os nossos cansaços. Que há lugares de afrouxamento para os nossos apertos. Que dá pra mudar o foco. Que não é tão complicado assim saborear a graça possível que mora em cada instante.
Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos.
Ana Jácomo.
quarta-feira, 23 de março de 2011
"Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar."
Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena.
Que por você vale a pena,que por nós vale a pena.Remar.Re-amar.Amar.
Caio F.
terça-feira, 22 de março de 2011
"Zé: Vortô pra ficá, né?
segunda-feira, 21 de março de 2011
Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se.. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.
domingo, 20 de março de 2011
— É possível um rio secar completamente?
— Claro que é.
— Mas será que ele não enche depois? Nunca mais?
— Alguns sim, outros não.
— Mas nunca mais?
— Sei lá, acho que não.
— Você tem certeza?
— Certeza eu não tenho. Só estou dizendo que acho. Afinal não sou nenhuma especialista em matéria de rios, secos ou não.
— Sabe?
— O quê?
— Eu tinha esperança que o rio voltasse a encher um dia.
sexta-feira, 18 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
Liberdade
segunda-feira, 14 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
“Vai passar, tu sabes que vai passar...”
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
"Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito."Caio F
“Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.”
- Caio Fernando Abreu.
“Quero pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando.Quero sair de noite olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir. Preciso de um tempo, preciso me reencontrar em novos caminhos e preciso disso agora.”
- Caio Fernando Abreu.
"a sua falta vai me incomodar"
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Linha Reta - Poema de Cecília Meireles
Não tenteis interromper o pássaro que voa em linha reta
de leste a oeste. Alto e só.
Não lhe pergunteis se avista cidades, mares, pessoas
ou se tudo é um liso deserto. Vasto e só.
Ele não passa para contemplar essas coisas do mundo.
Ele vem de leste, ele vai para oeste. Alto e só.
Ele vai com sua música dentro dos olhos fechados.
Quando chegar ao fim, abrirá os olhos e cantará sua
[música.
Vasta e só.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
AGORA
Agora que agora é nunca
Agora posso recuar
Agora sinto minha tumba
Agora o peito a retumbar
Agora a última resposta
Agora quartos de hospitais
Agora abrem uma porta
Agora não se chora mais
Agora a chuva evapora
Agora ainda não choveu
Agora tenho mais memória
Agora tenho o que foi meu
Agora passa a paisagem
Agora não me despedi
Agora compro uma passagem
Agora ainda estou aqui
Agora sinto muita sede
Agora já é madrugada
Agora diante da parede
Agora falta uma palavra
Agora o vento no cabelo
Agora toda minha roupa
Agora volta pro novelo
Agora a língua em minha boca
Agora meu avô já vive
Agora meu filho nasceu
Agora o filho que não tive
Agora a criança sou eu
Agora sinto um gosto doce
Agora vejo a cor azul
Agora a mão de quem me trouxe
Agora é só meu corpo nu
Agora eu nasco lá de fora
Agora minha mãe é o ar
Agora eu vivo na barriga
Agora eu brigo pra voltar.
Arnaldo Antunes
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Soneto do amor total
Dentro da eternidade e a cada instante..."
Vinicíus de Moraes
Para isso fomos feitos ...
Para lembrar e ser lembrados,para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses,mãos para colher o que foi dado,dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer,uma estrela a se apagar na treva,um caminho entre dois túmulos — por isso precisamos velar,falar baixo, pisar leve, ver a noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço,um verso, talvez de amor,uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça e por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,para a participação da poesia,para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes____
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
"Vamos dar espaço para o dia positivo, porque é um novo dia, um novo tempo e um novo sentimento." Bob Marley
"Ah se pelo menos o pensamento não sangrasse! Ah se pelo menos o coração não tivesse memória! Como seria menos linda e mais suave minha história"
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
as teias,nas brenhas,nas entranhas,o mistério,o destino,a sina...
Os Insetos Interiores
Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.
O TEATRO MÁGICO
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
“Queria consultar búzios, runas, pai, mãe de santo ou não, qualquer coisa que me APONTASSE O RUMO.”
domingo, 23 de janeiro de 2011
“Acreditar, só preciso acreditar um pouco mais”
do nosso Caio de sempre.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Mainstream ______-ADELE 21
A inglesinha tímida Cresceu: Seu primeiro álbum, 19, traz como título a idade que a cantora compôs as musicas do disco, que falam sobre depressão, amor,abandono e melancolia.E nesse caso dou ênfase total a faixa Hometown Glory, onde a Cantora ousou, usou & abusou, indo do Clássico para o épico num piscar de olhos.
Exatamente por esse talento, seu segundo álbum de estúdio, que chega às lojas ainda este mês, é um dos lançamentos mais esperados de 2011.
A sonoridade delicada e feita para emocionar foi pensada ao lado de uma garrafa de whisky e de seu piano, cercada por lembranças de amores antigos e perspectivas para o futuro. Agora com 21 (o título de seu novo trabalho), Adele está pronta para retomar a beleza de sua voz em um álbum mais regular e com composições mais trabalhadas que em seu primeiro trabalho.O novo álbum da cantora é essencialmente pop, repleto de canções contagiantes, com refrões fáceis, coros para cantar junto e melodias de fazer o mais cético dos críticos esboçar um sorriso.
21 é um álbum sobre amor incondicional. As pessoas podem ficar para trás, assim como as histórias, mas as sensações e lembranças permanecem - nem que seja apenas no eco da voz de Adele. Não é um álbum perfeito (tem altos e baixos e perde um pouco o ritmo em alguns momentos), mas como um todo é exatamente o trabalho que a cantora precisava para entrar de vez no mainstream e renovar sua imagem.
Ta aí, uma super dica pra quem Gosta do estilo de música da Amy Winehouse.Não é nenhuma cópia, mais as vozes?! Essas sim, chocam de Verdade.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
4 X TODOS?
--- Ouvi dizer que ela anda assim, num desespero desses que se perde a fala
E só de houve um grunhido pelo canto da boca junto com a lágrima
que muito relutou pra não cair, e é assim é bem assim que a menina de unhas vermelhas tem passado os dias. Com um livro debaixo do braço e o olhar fitando o horizonte como numa espera ansiosa pela coisa inteiramente viva que há de vir algum dia.
--- Dizem que ela agora deu pra ouvir coisas, perceber sentimentos e movimentos alheios que nunca tinha notado, alguns dizem que é loucura outros dizem que é dom, ela talvez saiba que é apenas a realidade.
--- De uma coisa eu tenho certeza: esses olhos marejados e essa alma tão inquieta logo,logo vão se transformar - diz o outro- que numa esperança encantadora observa de longe a garota caminhar tão rapidamente como se fosse fugir .
--- Olha! olha lá como ela vai, parece perturbada.
E uma voz do outro lado de algum lugar diz:
--- Parem! Percebam seus encantos, vocês se lembram como ela sorria, de como andava tão cheia de amigos e esperanças,de como olhava o horizonte como se houvesse um eterno pôr- do - sol a ser visto?
Eu me lembro dela assim e prefiro guardar e esperar, por que sei que tudo isso vai voltar
E se ela corre assim é porque quer voar e se ela quer voar meus Caros, é porque tem asas.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Fragmentos do Mestre part.II
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
A revolta do Iceberg
Creio que a chuva lá fora venha de dentro de mim ,que o frio aqui dentro seja o gelo do meu peito procurando espaço para se propagar.Estou meio cheia de um vazio inútil e ensurdecedor,não entendo muito bem, mais as vezes me pego tentando preenchê-lo.Descobri faz algum tempo que as mãos se opõem a cabeça, e quando você movimenta aquelas,esta pode parar.Não sei se é um grande descoberta,talvez não,mas de qualquer forma gosto quando a cabeça para o maior tempo possível,caso contrario enche-se de temores,suspeitas,desejos,memórias e todas essas inutilidades que as cabeças guardam para deixar vir á tona quando as mãos estão desocupadas.Ocupo-as então escrevendo coisas que sempre vão para lixeira. A verdade é que tenho feito qualquer coisa que me deixe inconsciente em impulsos totalmente convulsivos onde por alguns segundos consigo preencher meu coração com um pequeno vento quente de verão. Ah sim, lembrei! Me faltam os verões e as cores que o acompanhavam,exatas 12 cores que compunham o meu arco-íris e traziam festa não dor,cores que brindavam junto comigo qualquer coisa que ainda não viera.Á nossa sobrevivência quem Sabe.
Dedicado aqueles que me fazem uma falta enorme "por aqui"